Estava lendo os questionamentos de alguns professores, preocupados com o projeto autonomia, o fim dos 6º ao 9º anos nas escolas estaduais (leia-se municipalização) e o fechamento de algumas escolas. Desta vez, preferi ficar calada.
Nesta mesma comunidade, "chorei" tanto minha situação e de outras professoras primárias, que perderam sua lotação, por conta da municipalização...
Na sequência, procurando um texto mais leve para uma tarde de domingo(rs), comecei a ler o texto O Que Está Para Muito Além das Pacificações das Favelas da Zona Sul, do Professor Rafael Nunes postado ANF - Agência de Notícias das Favelas
Acabei me lembrando desta poesia de Eduardo Alves da Costa.
No caminho com Maiakóvski
"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe um recadinho para mim na seção comentários. Vou adorar saber o que você achou do blog! Não esqueça de deixar seu e-mail para que eu possa retornar.
Não sabe como comentar? Siga os seguintes passos:
1º - Clique em comentários (está abaixo de cada texto)
2º - Escreva o seu nome
3º - Escreva o comentário
4º - Clicar em publicar comentário
Obrigada!
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.